Em
fins do século passado, existiam, no Rio de Janeiro, várias modalidades de
cultos que denotavam, nitidamente, a origem africana, embora já bem
distanciadas da crença trazida pelos escravos. A magia dos velhos
africanos, transmitida oralmente, através de gerações, desvirtuara-se
mesclada com as feitiçarias provindas de Portugal onde, existiram sempre
os feitiços, as rezas e as superstições.
As “macumbas”
– mistura de
catolicismo, feiticismo negro e crenças nativas – multiplicavam-se; tomou
vulto a atividade remunerada do feiticeiro; o “trabalho feito” passou a
ordem do dia, dando motivo a outro, para lhe destruir os efeitos
maléficos; generalizaram-se os “despachos”, visando obter favores para uns
e prejudicar terceiros; aves e animais eram sacrificados, com as mais
diversas finalidades; exigiam-se objetos raros para homenagear entidades
ou satisfazer elementos da baixo astral. Sempre porém, obedecendo aos
objetivos primordiais: aumentar a renda do feiticeiro ou “derrubar” os que
não se curvassem ante os seus poderes ou pretendessem fazer-lhe
concorrência. Os Mentores do Astral Superior, porém, estavam atentos ao
que se passava. Organizava-se um movimento destinado a combater a magia
negativa que se propagava assustadoramente; cumpria atingir, de início, as
classes humildes, mais sujeitas às influências do clima de superstições
que reinava na época.
( “Enquanto isto, no
plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado
por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia
Brasileira de Letras.No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco
das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital
federal e centro socio-político-cultural do Brasil. O escritor, no intuito
de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade
que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos,
terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas
e testemunhando fatos. Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em
nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda,
pois tal terminologia era desconhecida.”)
Formaram-se então, as
falanges de trabalhadores espirituais, que se apresentariam na forma de
Caboclos e Pretos Velhos, para mais facilmente serem compreendidos pelo
povo. Nas sessões espíritas, porém, não foram aceitos: identificados sob
essas formas, eram considerados espíritos atrasados e suas mensagens não
mereciam nem mesmo uma análise. Acercaram-se também dos Candomblés e dos
cultos então denominados “baixo espiritismo”, as macumbas. É provável que,
nestes, como nos Batuques do Rio Grande do Sul, tenham encontrado
acolhida, com a finalidade de serem aproveitados nos trabalhos de magia,
como elementos novos no velho sistema de feitiçaria.eitiçaria.
A situação permanecia
inalterada, ao iniciar-se o ano de 1900.
As determinações do
Plano Astral, porém, deveriam cumprir-se:
Em 15 de novembro de
1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então
dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de tradicional família
fluminense. Chamava-se ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES. Restabelecera-se, no
dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão,
identificar. Sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme
supressa. Nem os doutores que o assistiam nem os tios, sacerdotes
católicos, haviam encontrado explicação plausível. A família atendeu,
então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem
Zélio à Federação.
Zélio foi convidado a
participar da Mesa. Zélio sentiu-se deslocado, constrangido, em meio
àqueles senhores. E causou logo um pequeno tumulto. Sem saber por que, em
dado momento, ele disse: “Falta uma flor nesta casa: vou buscá-la”. E,
apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao
jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o
ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam
de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem.
Nesse momento, Zélio sentiu-se dominado por uma força estranha e ouviu sua
própria voz indagar por que não eram aceitas as mensagens dos negros e dos
índios e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe
social que declinavam. Essa observação suscitou quase um tumulto.
Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos
procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha
argumentação segura. Afinal um dos videntes pediu que a entidade de
identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz.
Se querem um nome –
respondeu Zélio inteiramente mediunizado – que seja este: eu sou o CABOCLO
DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque para min não haverá caminhos fechados.
E, prosseguindo,
anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os
espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral.
No dia seguinte, declarou ele, estaria na residência do médium, para
fundar um templo, que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir
entre encarnados e desencarnados.
"Levarei daqui uma
semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em
árvore frondosa."
No dia seguinte, 16
de novembro de 1908, na residência da família do jovem médium, na Rua
Floriano Peixoto, 30 em Neves, bairro de Niterói, a entidade manifestou-se
pontualmente no horário previsto – 20 horas. Ali se encontravam
quase todos os dirigentes da Federação Espírita, amigos da família,
surpresos e incrédulos, e grande número de desconhecidos que ninguém
poderia dizer como haviam tomado conhecimento do ocorrido. Alguns
aleijados aproximaram-se da entidade, receberam passes e, ao final da
reunião, estavam curados. Foi essa uma das primeira provas da presença de
uma força superior. Nessa reunião, o
CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, cuja
prática seria denominada “sessão” e se realizaria à noite, das 20 às 22
horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação
de obsedados. O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco, de
tecido simples. Não se permitiria retribuições financeiras pelo
atendimento ou pelos trabalhos realizados. Os cânticos não seriam
acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas.
A esse novo culto,
que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA, e
declarou fundado o primeiro templo para sua prática, com a denominação de
tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque: “assim como Maria acolhe
em seus braços o Filho, a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas
horas de aflição”.
Através de Zélio
manifestou-se, nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para
completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo. E foi ele quem
ditou este ponto, hoje cantado no Brasil inteiro:
“Chegou, chegou,
chegou com Deus, Chegou, chegou, o
Caboclo das sete Encruzilhadas”.
A partir desta data,
a casa da família de Zélio tornou-se a meta enfermos, crentes, descrentes
e curiosos. Os enfermos eram curados; os descrentes assistiam as provas
irrefutáveis; os curiosos constatavam a presença de uma força superior; e
os crentes aumentavam dia a dia. Cinco anos mais
tarde, manifestou-se o Orixá Malé, exclusivamente para a cura de obsedados
e o combate aos trabalhos de magia negra. Passados dez anos, o
CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS anunciou a Segunda etapa de sua missão: a
fundação de sete templos, que deveriam constituir o núcleo central para a
difusão da UMBANDA. A Tenda da Piedade
trabalha ativamente, produzindo curas, principalmente a recuperação de
obsedados, considerados loucos, na época. Já então se contavam às centenas
as curas realizadas pela entidade, comentadas em todo o Estado e
confirmadas pelos próprios médicos, que recorriam a Tenda, em busca da
cura dos seus doentes. E o Caboclo indicava, nas relações que lhe
apresentavam com nome dos enfermos, os que poderia curar: eram os
obsedados, portadores de moléstias de origem psíquica; os outros, dizia
ele, competia à medicina curá-los. Zélio, já então casado, por
determinação da entidade, recolhia os enfermos mais necessitados em sua
residência, até o término do tratamento astral. E muitas vezes, as filhas,
Zélia e Zilmeia, crianças ainda, cediam o seu aposento e dormiam em
esteiras, para que os doentes fixassem bem acomodados.
Nas reuniões de
estudo que se realizavam às quintas-feiras , a entidade preparava os
médiuns que seriam indicados, posteriormente, para dirigir os novos
templos. Fundaram-se, as Tendas Nossa Senhora da Guia, Nossa Senhora da
Conceição, Santa Bárbara, São Pedro, Oxalá, São Jorge e São Jerônimo.
Pouco depois, a
UMBANDA começou a expandir-se pelos Estados. Em São Paulo, fundaram-se, na
Capital, 23 tendas e 19 em Santos. E, a seguir, em Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio Grande do Sul. Em Belém, fundou-se a Tenda Mirim de São
Benedito. Confirmava-se a frase
pronunciada na Federação Espírita: “Levarei daqui uma semente e vou
plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore
frondosa”. Em 1937, os templos
fundados pelo CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS reuniram-se, criando a
Federação Espírita de Umbanda do Brasil, posteriormente denominada União
Espiritualista de Umbanda do Brasil. E em 1947, surgiu o JORNAL DE UMBANDA
que, durante mais de vinte anos, foi um órgão doutrinário de grande valor.
Zélio de Moraes instalou federações umbandistas em São Paulo e Minas
Gerais.
SEUS PRINCIPAIS
ACONTECIMENTOS:
15 de novembro de
1908 –
Zélio de Moraes, então com dezessete anos, mediunizado com uma entidade
que deu o nome de Caboclo das Sete Encruzilhadas, funda, em Neves,
subúrbio de Niterói, o primeiro terreiro de Umbanda. Usa pelo primeira vez
o vocábulo UMBANDA, e define o movimento religioso como: “Uma manifestação
do espírito para a caridade”.
Novembro de 1918
– O
Caboclo das Sete Encruzilhadas dá início à fundação de sete Tendas de
Umbanda. Todas as Tendas foram fundadas no Rio de Janeiro.
Ano de 1920
– A Umbanda espalha-se pelos Estados de São Paulo, Pará e Minas Gerais. Em
1926 chega ao Rio Grande do Sul e em 1932 em Porto Alegre.
Ano de 1939
– Os Templos fundados pelo Caboclo das Sete encruzilhadas reuniram-se,
criando a federação Espírita de Umbanda do Brasil, posteriormente
denominada União Espiritualista de Umbanda do Brasil, incorporando dezenas
de outros terreiros fundados por inspiração de “entidades” de Umbanda que
trabalhavam ativamente no astral sob a orientação do fundador da Umbanda.
Outubro de 1941
– Reúne-se o Primeiro Congresso de Espiritismo de Umbanda. Outros
Congressos havido posteriormente retiraram acertadamente o nome
espiritismo que, de fato, pertence aos espíritas brasileiros, os quais
seguem a respeitável doutrina codificada por Alan Kardec. Em suma, o
espírita pratica o espiritismo; na Umbanda pratica-se o Umbandismo.
Dia 12 de setembro de
1917 –
Criado na cidade do Rio de Janeiro o primeiro organismo de caráter
nacional. Tomou nome de CONDU – Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda
– que contam-se atualmente mais de 46 Federações, de norte a sul do país,
reunindo representantes de mais de 40.000 Terreiros de Umbanda
Novembro de 1978
– Surge o livro Fundamentos de Umbanda, Revelação Religiosa – portador de
mensagens do astral, trazendo, por fim, após 70 anos de existência da
Umbanda, as bases teológicas e norteadoras da doutrina umbandista, com
fundamentos integrais da nova religião e sua verdadeira origem. O livro
expõe a estrutura básica do movimento religioso, no sentido de elevar a
Umbanda à justa posição de RELIGIÃO eminentemente brasileira.
Decorridos setenta
anos de existência da Umbanda no Brasil, compreendidos entre 1098 / 1978,
passou este curto espaço de tempo, porém significativo, a ser conhecido
entre os estudiosos da causa como Período - Propagação da única e genuína
força de credo, nascido neste século, em terras brasileiras. Certamente que Zélio
de Moraes, famoso médium já desencarnado, não iria supor que passadas
menos de seis décadas, aquela crença, nascida no modesto bairro de Neves,
fosse classificada, entre as religiões existentes, como a Segunda do país,
comportando mais de vinte milhões de seguidores, num crescendo espantoso
de fiéis, apesar das perseguições policiais a que foi submetida, das
intrigas da religião majoritária, além do completo descaso de todos os
governos até a data atual, mesmo tratando-se de uma preferência natural,
espontânea, de mais de um sexto da população. Hoje, o movimento mágico e
religioso da Umbanda estende-se por todo o Brasil, professado como pobreza
e humildade, sem proselitismo, sem explorações na magra bolsa do povo,
sem dízimo compulsórios, mistérios mistificantes e regular envio a
“royalties da fé” para o exterior. Embora a Umbanda se
apresente, muitas vezes, uma tanto desfigurada, com nuanças religiosas,
reconhecemos que isso decorre desse período-propagação, no afã de
conquistar almas, ainda que respeitando ambientes regionais. E nunca
deixou, através das verdadeiras guias, de oferecer amparo prático, ajuda,
orientação e, sobretudo, de inspirar o desejo de reascendimento dos
corações que dela se socorrem, apontando sempre a eterna chama da
esperança de dias melhores, calcados, naturalmente, na ação correta de
cada instante, na cordura, no companheirismo e na fraternidade.
Os mentores da
Umbanda, sediados na Aruanda (cidade localizada no plano astral), já
determinaram sabiamente o procedimento normativo, religioso para os
setenta anos vindouros, 1979/2049, como sendo o período de Afirmação
Doutrinária. Obviamente, a doutrina de Umbanda ficará como ponto essencial
para a estabilidade e perpetuação desse movimento, na forma digna,
ensejada pelo estudo constante, a par do esforço sincero de cada devoto,
no sentido de conduzir a Umbanda, no plano físico, a um merecido status de
religião organizada, a serviço da comunidade religiosa nacional. No imenso campo
místico da nossa terra, onde proliferam, abundantemente, conceituações
religiosas diversas, algumas das quais exóticas, cheias de superstições,
interpretações confusas e duvidosas, mercantilismo, fanatismo,
mistificações, “curas divinas” e desonesto profissionalismo pastoral, a
Umbanda, sobranceira, erguerá seu edifício religioso, tendo como obreiros
da primeira e da undécima hora, devotos excepcionais, médiuns sinceros,
babalorixás e ialorixás honestos que, há muito, já assumiram posição na
hierarquia de responsabilidade e trabalho, côncios de que a quantidade
será relegada a segundo plano, em proveito da qualidade, e convictos de
que, em matéria doutrinária, não pode nem deve haver transigências
oportunistas, confirmando-se, desse modo, que “Umbanda é coisa séria para
gente séria".
Umbanda, sendo a
única religião criada no Brasil, não pode ser dividida. Quem tiver esta
pretensão cairá no ridículo. A nossa religião deve ser tratada com todo
carinho, amor, serenidade e estudo, sobretudo com a renovação de caráter
dos que a professam para que a mesma possa espelhar a grandeza de sua
doutrina. A Umbanda se sente desmerecida com o tratamento que lhe
dispensam boa parte de terreiros onde se vê mais animismo do que
mediunismo; mais interesses cúpidos do que magias; mais deslealdades do
que autenticidades; mais personalismo do que espiritismo.
O sacrifício de
animais (oferenda de sangue) nunca foi, não é e nem será ritual de
Umbanda. Não cobrar, não matar, usar o branco, evangelizar e utilizar as
forças da natureza são rituais de Umbanda. Portanto, podemos afirmar que a
Umbanda é produto da evolução espiritual ou religiosa. Suas origens estão
contidas nas filosofias orientais, fonte inicial de todos os cultos do
mundo civilizado, que implantada em nossa terra, reuniu-se as práticas dos
conceitos e crenças do índio, branco e negro.
Cavalcante Bandeira
reporta-se aos mestres do idioma africano, citando o vocábulo umbanda
como: “Arte de curar”, “Magia”, “Faculdade de curar por meio da medicina
natural ou sobrenatural”; ou ainda “Os sortilégios que, segundo se
presume, estabelecem e determinam a ligação entre os espíritos e o mundo
físico”. O vocábulo “Umbanda” só pode ser identificado dentro das
qualificadas línguas mortas. Todavia, entre os angolenses existe o termo
“Quimbanda”, que significa “sacerdote, invocador de espíritos”, firmado no
radical mbanda , conservado através de milênios, legado de tradição oral
da raça africana, o qual é uma corruptela do original u-banda ou
aum-bandhã.
“Toda essa complexa
Mistura, que o leigo chama de macumba, baixo espiritismo, magia negra,
envolvendo práticas fetichistas e barulhentas... era a situação existente,
quando surgiu um vigoroso movimento de luz, ordenado pelo astral superior,
feito pelos espíritos que se apresentavam como Caboclos, Pretos Velhos e
Crianças. Surgiram práticas as mais confusas e desordenadas, envolvendo
oferendas com sacrifício de animais, sangue, etc., e por isso tudo fez-se
imprescindível um novo movimento dentro desses cultos ou de sua massa de
adeptos, feito pelos espíritos carminantes afins a essa massa e pelos que,
dentro de afinidades mais elevadas, se aplicam no amor e na renúncia em
prol da evolução de seus semelhantes, o qual foi lançado através da
mediunidade de uns e outros pelos Caboclos e Pretos Velhos, com o nome de
Umbanda. O termo umbanda que eles implantaram no meio para servir de
bandeira a essa poderosa corrente (ensinaram que) é um termo litúrgico,
sagrado, vibrado, que significa, num sentido mais profundo, o conjunto das
leis de Deus”.
A Umbanda é um
“movimento mágico religioso”, genuinamente brasileiro, e a sua finalidade
primordial como religião é a de despertar anseios de espiritualidade na
criatura humana. Para que esse despertamento se faça, torna-se necessário
um permanente estado de religiosidade, onde toda vivência é baseada na
compreensão e plena sensibilidade (não sentimentalismo), para com tudo e
todos que nos cercam e compõem a humanidade. A Umbanda é uma
doutrina espiritualista como o Espiritismo, o Catolicismo, o Esoterismo,
etc... o que não impede de haver entre elas diferenças essenciais que lhe
dão características próprias. É resultante natural da fusão espiritual das
raças branca, índia e negra. Sua lei principal é
resumida numa só palavra: CARIDADE – no sentido do amor fraterno em
benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o
credo e a condição social, não podendo haver ambicioso, vaidoso,
mistificadores, pois estes, mais cedo ou mais tarde, são afastados da
Umbanda pelos espíritos de luz.
Seu Mestre Supremo
–
JESUS (Filho de Deus)
Suas Normas – Sessões
(Giras) – Assim se chamariam os períodos de trabalhos espirituais;
Vestes – Os
participantes estariam uniformizados de Branco;
Sacrifícios – Os
sacrifícios de aves e animais é totalmente alheio à Umbanda;
Fundamento básico – É
a crença ou culto aos espíritos evoluídos;
Atendimento –
GRATUITO.
Origem da palavra
"UMBANDA"
–
Oriunda do Sânscrito
( a mais antiga língua da Terra-raiz mestra dos demais idiomas existentes
no mundo), que se pode traduzir por “DEUS AO NOSSO LADO” ou “O LADO DE
DEUS”.
ou
UM – Deus (único) –
Deus, o supremo espírito.
BANDA – Povo da Terra
– Grupo ou Facção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário