sábado, 3 de dezembro de 2011

Médiuns


Médium é aquele que tem a sensibilidade de sentir e intermediar o mundo espiritual. Existem vários tipos de mediunidade, como o de incorporação, de intuição, vidência ocular e intuitiva, psicógrafo, de efeitos físicos e mais uma porção de divisões. Como temos por objetivo a Umbanda, vamos estudar mais aqueles que são usadas tradicionalmente, que são os de incorporação e intuição.

Por não sentir nenhuma vibração, muita gente acha que não tem mediunidade. Acontece que muitas vezes a mediunidade ainda não foi mexida e ela fica adormecida até que uma energia qualquer, somada com a vontade e dedicação do médium, desperte essa sensibilidade. Existem pequenos sinais que são típicos de quem é médium. O primeiro deles é o medo. A pessoa tem medo porque acredita no mundo dos fantasmas, o mundo paralelo. Se ela crê nisso, é porque pressente a existência deles, não deixando de ser um sinal de fé. Aquele que não tem nenhuma sensibilidade, nada sente e nada percebe, é o que não tem medo. Arrepios, palpites e adivinhações, telepatia e outros dons semelhantes, são sem dúvida outra indicação da mediunidade.
A fé e a vontade de conhecer o sobrenatural é um típico indicio da mediunidade. Conheci vários médiuns que faziam parte da corrente e não sentiam a mínima vibração, e após alguns anos tornaram-se excelentes médiuns de incorporação e consulta. O interessante que o médium necessita de uma religião, seja ela qual for.
Tem pessoas que por comodismo dizem que acreditam em Deus e isso lhes basta. No fundo são médiuns, pessoas medrosas, que não têm a coragem de negar a existência do Criador, não por cultura religiosa, mas por inequívoca demonstração de recusarem um vinculo com as obrigações de um compromisso religioso. Os que mais sentem a manifestação dos espíritos junto de si, são os que, mais uma vez pelo medo, correm em busca das religiões para negarem a incomoda presença de um espírito junto de si. Existem manifestações dos espíritos em médiuns latentes tão impressionantes que se a família tiver preconceito com o espiritismo, acaba levando-os aos médicos e até a internação em hospitais psiquiátricos.
Conheci dois irmãos, com 16 anos e com 14, que eram dominados por espíritos tão animalizados que derrubavam os meninos e os deixavam no chão como se fossem animais, e entravam em violenta briga através de mordidas e arranhões, mas nunca com gestos humanos. Sua mãe, uma simplória senhora, guardou um pé de arruda ao seu alcance para que quando isso acontecesse, fizesse uma benção mágica que tinham lhe ensinado. Feito isso, os dois irmãos avançaram sobre ela, com as mesmas características de animais ferozes, arrancaram de sua mão o pé de arruda e o pastaram - se assim pode ser explicado, o que fez com que ambos, pela toxidade da planta, tivessem que ter no dia seguinte assistência médica para curar a dor de barriga.
Esses irmãos, após cuidadoso desenvolvimento mediúnico em nosso grupo, foram excepcionais médiuns, tanto que a moça incorporada deixava mensagens maravilhosas, toda ela em forma de poesia. Fiz essa pequena introdução, para chegarmos, por partes, até o método das incorporações.
Vamos iniciar com os médiuns novos, ávidos da espiritualidade conhecida através dos trabalhos de um grupo. Prefiro exemplificar o médium comum, aquele que não tem nada lhe incomodando ou prejudicando que o faça procurar cura no espiritismo. É o médium que gostou e se empolgou com a religião e algo lhe puxa para dentro da corrente, alguma coisa dentro do seu coração que lhe induz a acreditar nos espíritos.
O médium entra tímido, sente-se deslocado e algumas vezes até envergonhado, achando que todas as pessoas do terreiro a estão observando. Começa assim até ficar mais solto e à vontade, quando sente a vibração do terreiro e das linhas espirituais que estão trabalhando. Como sente arrepios, tonturas e até mesmo um certo descontrole, incorpora e sai andando no terreiro sem saber o que fazer. Aqui quero explicar às pessoas que os dirigentes, de qualquer terreiro, estão observando e cuidando para que o médium não caia, não se machuque e muito menos se exceda na incorporação. É o que chamamos incorporação na vibração, ou seja, o espírito está ao seu lado, mas ainda não incorporou como devia. Chama-se o médium de umbanda de ·cavalo·, acho que para podemos explicar bem como as coisas acontecem e para frente vamos explorar bastante essas comparações. Um cavalo ainda não domado é separado para a doma.

O domador, antes de montá-lo, com bastante paciência, ensina-o a usar o cabresto, o freio e com muita cautela põe sobre seu lombo a sela, para que ele sinta um leve peso, já o acostumando para finalmente ser montado. É o que acontece com o médium que incorpora na vibração. Vale dizer que o treinamento do cavalo é longo, levando, às vezes, meses para que o domador possa montá-lo. Com os médiuns é a mesma coisa: demora, por isso tenham paciência, mas de repente, em qualquer momento, o espírito incorpora em sua totalidade, e da mesma forma que o cavalo vai sentir um peso mais forte, o médium vai sentir a presença do seu com certeza maravilhoso orixá, e faz com que o médium passe a outra fase de seu desenvolvimento.
O médium na Umbanda é chamado de cavalo porque o espírito toma seu mental e também o corpo, diferente do kardecismo, no qual o espírito toma só o mental do médium.

História Zé Pilintra












Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco, filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida.
Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina.
Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso.
Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares.
Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa.
Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época.
Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas "meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos.
Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia.
E que defesa!
Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho.
Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência.
Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado.
E em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas.
Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo.
Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério.
Era a visão mais linda que tivera em sua existência.
A bela loura de olhos claros, deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente.
Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la.
Parou de beber, em demasia, claro!
Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém.
Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é?
Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo.
Começou então a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar.
Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor.
Aos poucos a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento.
Outros duvidavam Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem.
O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde.
O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida.
Disposto a defender a honra da esposa marcou um encontro com o rival.
Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos:
- É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo...
- E mostrava seu punhal para quem quisesse ver.
Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa.
Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente.
Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal.
Se fosse briga o que ele queria, ia ter.
Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si:
- Safado!
- Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado.
O tiro foi certeiro.
O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo.
Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra.
Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada.
Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura.
Não perdeu, porém a picardia dos tempos de José Emerenciano.
Sarava Seu Zé Pelintra!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A encruzilhada é o caminho onde todos se encontram na vida.





O ser Humano na encruzilhada da vida necessita da Ajuda de Entidades Espirituais e estas estão ligadas ao poder da magia e dos feitiços atrativos para o amor, do poder da magia negra para livra-lo de seus inimigos e invejosos que só lhe querem o mal.
Exu Rei das 7 Encruzilhadas através de seu conhecimento na Magia Bantu Kibundo irá lhe ajudar a vencer na vida e solucionar seus problemas afetivos e espirituais..
Os trabalhos feitos com está poderosa entidade ao serem entregues na encruzilhada aumentam 7 vezes mais seu poder de reação por isso o seu resultado é 7 vezes mais garantido.
Magias, feitiços , bruxarias e encantamentos são sua especialidade
Uma magia atrativa para trazer um amor de volta feita por Exu 7 Encruzilhadas tem 7 vezes mais poder de realização.
Por isso se agora neste exato momento você se encontra em uma encruzilhada da vida com um problema de ordem afetiva, profissional , espiritual faça uma consulta e de solução através da magia de Exu 7 Encruzilhadas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

103 ANOS DA UMBANDA


             Minha fé eu carrego no pescoço, na cabeça, na alma e no coração




"A Umbanda é paz e amor, é um mundo cheio de luz, é a força que nos dá vida e à grandeza nos conduz. Avante filhos de fé, como a nossa lei não há! Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.."






Esta entidade se apresenta como um homem de idade avançada, de pele escura, barba e olhos vermelhos, cor de brasa. Traz a metade do seu corpo (o lado esquerdo) queimado, sendo que sua perna esquerda não funciona bem, por isto é muito comum que se apóie em um bastão.


Prefere beber whisky de boa qualidade e fumar charutos grossos, sua voz é rouca, grave e forte. Quando está manifestado em algum médium, gosta também de farofa. Seu olhar é insustentável e quando se fixa em alguém, parece que o atravessa, sabendo seus segredos mais íntimos. As pessoas que o conhecem sentem certa autoridade nele e o respeitam.


Se desmancha em passagens que envia ao mundo para que transmitam suas mensagens através de seus cavalos (médiuns), sendo que isto acontece com todas as demais Entidades de Kimbanda. Sua vestimenta quase sempre é em tons vermelho e negro, com toques brancos e às vezes dourados (quando fora da Encruzilhada da Lira), prefere a capa e a cartola. Gosta de trabalhar com pouco público, em sessões que tenham força espiritual, onde os que nelas se encontram estejam concentrados ao máximo para dar o melhor de si. Não é importante a quantidade, e sim a qualidade e o resultado final da cerimônia.


Em sua última encarnação foi um Tatá Nganga banto, que foi trazido como escravo ao Brasil. Começou chegando na Umbanda, como um "exu de baixo" e foi levantado para "o alto" quando se fizeram os sacrifícios correspondentes na Kimbanda. Quando lhe perguntamos porque se denominava "da Lira" respondeu:


 


"Lira é uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, de lá venho eu..."


Tem um caráter sério, amável e tranquilo, mas também pode ser enérgico e enojar-se quando há algo que ele não gosta. Tem prazer em ensinar e doutrinar, por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça perguntas, desde as perguntas mais insólitas como "porque há estrelas..." até as mais comuns como "quero saber se meu marido me engana..."


Apesar do Exu Rei das 7 Encruzilhadas tenha sido posto em um lugar privilegiado por alguns autores (os que escreveram com muita subjetividade), ele mesmo afirma que não é o Rei absoluto da kimbanda, e sim que apenas é um dos principais.


É rígido e severo quanto a seguir as tradições e que os rituais se cumpram passo a passo como deve ser, mesmo que, como todo "exu" está aberto a mudanças, às movimentações e inovações, sempre e quando os mesmos sejam feitos pelos próprios Exus.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A CONSCIÊNCIA DE UM TERREIRO



Porque é que as pessoas procuram um Templo ou um Terreiro? Pela empolgação? Pelo movimento? Ou por que alguém lhe disse que o caminho era aquele? Ou pelos mil labirintos que a vida lhe apresenta?
Tudo num terreiro deve ser muito bem questionado, porque um dia esta pessoa pode parar para pensar - já com olhos de dentro -, e se questionar sobre o que realmente está fazendo naquele local. Ela irá concerteza se interessar e começar a pesquisar o passado, a base, o conhecimento, a preparação de quem está dirigindo o espiritual e a consciência das pessoas ali reunidas. Se foi alguma síndrome ou doença que levou este dirigente até a sua função, ou quais os motivos que fez com que trabalhasse em uma missão tão difícil. Tudo deve ser levado em conta pelo INICIANTE - assim considerado depois que começa seu desenvolvimento - , porque um dia se poderá cobrar pela longa ou decepcionante caminhada, situação essa muito comum na maioria dos casos.
Antes de falarmos em Religião, Incorporações, Manifestações Mediúnicas ou ORIXÁ, todo Ser devia pensar que precisa estar em contato com um MUNDO DE ACTUAÇÃO em favor da Humanidade, onde pode colocar toda a sua força. Se fechar ou cercear essas forças durante o tempo de complexidade de Formação Sacerdotal, vai estacionar com certeza, e a humanidade não tem como esperar por isso.
Temos muitos exemplos em muitas religiões, positivos e negativos. Homens que pegaram a religião e transformaram-na em um reduto de poder entre as classes, e ficou só a memória da raiz deles. Não existe a necessidade do grande “mago” para que a humanidade possa levar essa força e transformação para todo o mundo. Se voltarmos ao grande mago, aqueles princípios tão conhecidos por todos, não esqueçamos que a humanidade ficou presa aos "grandes magos" durante muitos anos. Na verdade, o que todos querem é a LIBERTAÇÃO DO GRANDE MAGO. Dividir e ser parte desse grande poder e estar dentro desse movimento e não ficar periférico ao movimento, na orla. E o povo precisa desse poder já!
Existem milhares de Tradições Esotéricas na Europa, do passado e de agora, que actuam como “Sociedade Secreta”. Uma necessidade de tornar o conhecimento secreto, quando a Ciência já prestou grandes favores de se tornar compreendida. Hoje, qualquer um que quiser aprender Ciência, entra em uma Universidade e não tem mistérios. Aprende!
Se quiser saber sobre Leis Físicas, ou Químicas, da Água e do Fogo, é só entrar em uma Universidade e saber e entender o que é isso, e conhecer inclusive qual é o limite da própria Ciência. É mais honesto pegar uma criança que quer entrar na religião e dar a ela o compromisso de estudar toda a Ciência que está no conhecimento adquirido. Que vá para uma Universidade, ler, entender as Leis da Ótica, todas as Leis da Física, da Matemática. E esta criança estará suficientemente pronta, com conhecimento para entender qualquer Ciência. Não é preciso tanto “segredo”, nem tantas Escolas Esotéricas ou Livros de Raiz e de Tradições antigas de Raças, seja lá o que for, enquanto não souber qual é o seu lugar nesse Universo.
Tudo “foi” e está sendo rompido. O homem já adquiriu este segredo e as Sociedades Secretas ainda não deram conta disso.
Não precisamos mais de “SOCIEDADES SECRETAS” para entender a Ciência. Esse momento já foi superado. Se formos para o código genético, vamos ver que já estão numa busca mais evoluída. O que todos querem de volta para a humanidade é o valor ético, a relação ética entre os homens.
Quem pode dar esse poder entre os homens, é a fala da linguagem simples e que todos conseguem entender e se entender. Ou seja, eu entender o seu sentimento, e você o meu e os sentimentos gerais da humanidade. Isso é o que interessa e não a religiosidade que vai ocupar esse lugar.
Com certeza, se houver uma religião, será UMA RELIGIÃO MUITO SIMPLES E QUE TODOS POSSAM ENTENDER. E que a palavra seja superada para que um japonês possa entender um africano, um russo possa entender um alemão, etc. Talvez seja através dos olhos ou da mão, alguma coisa dessas que nos permita entrar em contato com essa força humanista.
Vamos ter que simplificar, ao contrário dos magos, dos magos negros, das Sociedades Secretas, etc. Nós TEMOS É QUE ABRIR ISSO PARA TODO O MUNDO E NÃO FICAR FECHANDO.
Se formos falar do máximo conhecimento de um Roncó (palavra em Yorubá, tradição africana, que significa quarto, caminho, local onde são feitos os assentamentos para encontrar as forças naturais ou outros ritos praticados no Culto de Nação e Umbanda), até chegar num copo de água, o conhecimento maior pode estar naquilo que está assentado no copo de água.
A água que eu bebo, que o japonês bebe, que o africano bebe, que qualquer um pode beber: a água da Fonte. E nós vamos beber da mesma Fonte. Da Fonte desse conhecimento.
O esforço do “grande mago” é CONDUZIR SEUS FILHOS PARA ESTA SIMPLICIDADE E NÃO FICAR ASSUMINDO PODERES PARA SI, PARA DENTRO APENAS DE SUA MÃO. Ou então o conhecimento vai sempre ser privilégio de uma pequena elite, fechada e encerrada em si mesma, ainda lutando por um poder que já passou.
Esse período da humanidade já passou, já era e foi ontem.
A preocupação hoje é saber como alimentar milhares de pessoas no mundo, plantar e aperfeiçoar o conhecimento da Ciência para que o alimento seja plantado em quantidade para que não falte nada para ninguém.
Observando movimentos que estão se abrindo, começar a aproveitar o país evitando todos os erros que foram cometidos com herbicidas, inseticidas, etc. Essa é a grande função do homem em busca das grandes soluções humanas. É a ciência humanitária: como recuperar a água da humanidade.
Todos os iniciantes devem entender o que faz uma entidade como parte de uma Corrente de Trabalho, atendendo pessoas, qual a energia que está sendo trabalhada, o axé, mas jamais fechar uma entidade em códigos e mistérios secretos.
Uma ENTIDADE quando se manifesta, na verdade o que faz, é um grande movimento de humanitarismo, uma grande fonte de humanidade, muito grande mesmo.
Muitos grupos negam a presença de “ENCANTADOS” nos Templos ou Terreiros de Umbanda, mas eles estão ai e não podemos negar, como também não podemos negar o conhecimento humanitário trazido pelos negros permitindo que fiquem trancados em conhecimento esotéricos e fechados.
Se certos esotéricos fizessem chover no Nordeste do Brasil e em tantos países, e, fizessem com que na Índia não houvesse tanta fome e miséria, que uma terceira guerra não existisse, até poderíamos parar para pensar um pouco.
Certos presidentes de templos de Umbanda ou de Candomblé, e, de muitas correntes chamadas espiritualistas, querem mostrar que existe entre eles e a pessoa que lhes pede ajuda uma grande diferença. É onde começa o caminho da inverdade e do pseudo-poder enrustido em fachadas.
Eles investem tudo o que tem quando alguém os procura, vestem todos os paramentos para ficar claro que só eles que “podem”, que só eles que são grandes; fazem de tudo para demonstrar como as pessoas que os procuram são pequenas.
É preciso entender que a humanidade só veio a ter conhecimento do médico quando ela veio a ter o conhecimento do doente. O doente é que trouxe o médico e não ao contrário. Não foi o médico que nasceu primeiro. Primeiro nasceram os problemas e depois como trabalhar em cima deles.
É muito importante para um Dirigente Espiritual que, quando uma pessoa que chega a um templo, para entrar na religião, saber se essa pessoa acredita em ORIXÁ, em FORÇAS e ENERGIAS que vem da terra, e que esse Pai ou a Mãe de Santo, que a receba, reconheça nessa pessoa também que está chegando ao seu Templo ou Terreiro, uma parte da imensidão do universo, mesmo que essa pessoa nova possa estar a atravessar problemas passageiros de insegurança ou outras situações, e que pode não estar sabendo administrar e dominar naquele momento.
Na verdade, se o Pai ou Mãe de Santo tiver um pouco de sensibilidade, na hora em que chegar uma Filha de Yemanjá, de Oxum, de Yansã ou de Nanã ou outra força natural em sua casa terá que escutar o barulho do mar, da cachoeira, dos ventos, da sabedoria, da mata, ou dos rios, dentro dessa pessoa nova.
TEM QUE PERCEBER QUE AQUILO É O OURO DA PESSOA, AQUILO QUE GARIMPOU, QUE É COMO UM DIAMANTE, A COISA MAIS PRECIOSA PARA SEU TEMPLO.
E DEVE ABRIR TODOS OS CAMINHOS PARA QUE AQUELA PESSOA POSSA CHEGAR.
NA VERDADE, ESTÁ RECEBENDO UM VERDADEIRO OURO EM SUA CASA, A GRANDE RIQUEZA, E NÃO É O CONTRÁRIO QUE É VERDADEIRO.
A PESSOA QUE CHEGA AO TERREIRO É QUE ESTÁ TRAZENDO SEU TESOURO PARA DENTRO DO TEMPLO. E O PROBLEMA QUE TROUXE PODE SER TÃO PEQUENO, QUE COM UMA BOA CONVERSA PODERIA E PODE SER RESOLVIDO FACILMENTE. SEM A NECESSIDADE DE SE MEXER COM GRANDES FORÇAS.
É SÓ AUXILIAR A ORGANIZAR UM POUCO A CABEÇA.
Todos nós temos uma imensa necessidade de espiritualização e isso não morre na humanidade. É uma busca constante.
A doença do doente, as chagas, as suas feridas, as suas dores são a forma que o médico tem como possibilidade de aprender com seu paciente. Se não, a gente vai aprender só com o morto. Ou vamos ter corpos frios e fica a pergunta: para onde foi a vida daquele corpo?
O Pai ou a Mãe no Santo, os Sacerdotes, Mestres, ou como são chamados em seus templos, tem que estar simples e mostrando aos filhos que eles podem estar encontrando nele, e naquele Ser novo que está chegando, as mesmas coisas que necessita e não ao contrário. E não deve ficar com a postura de “eu sou o detentor do conhecimento”, como na maioria das vezes acontece.
Se uma pessoa se considera “detentor do conhecimento”, então deveria escrever um livro para que todos pudessem aprender tudo. Se a Ciência já fez isso, não existe necessidade de ficar "marmotando"(gente que não conhece magia e se faz de mago).
A Ciência não precisa ser recriada. Ela já existe, ela esta ai. Aquele que quer ajudar ao outro, que ensine, que leve para a Escola para aprender, etc.
O que faz uma pessoa humilhar a outra, subjugá-la, trabalhar para ela? Porque pensa que não tem conhecimento, que é ignorante. O que o homem necessita urgentemente, é ter conhecimento para se libertar. O que todos nós buscamos é ciência, conhecimento, sabedoria. Porque a espiritualidade, nós já carregamos dentro de nós e ela pode apenas estar adormecida.
O papel de todo religioso é despertar a espiritualidade nas pessoas que o procuram, e todo movimento deve se convergir para isso. Todo bom terreiro de Umbanda deveria ser como uma Escola ou ter junto uma Escola, um Colégio e se não puder ensinar a grande Ciência, que ensine as pessoas a ler e a escrever, que ensine a cidadania. A missão do verdadeiro religioso é ensinar o tempo todo, e muitos estão atrasados nisso. Ler livros é se libertar. Tirar o conhecimento das mãos de alguns e distribuir entre todos. Tem muita criança que foge da Escola e isso é responsabilidade de todos. O que nós estamos deixando de oferecer? Isso está plantado com muita força dentro de todas as pessoas. Ou não. Toda a Gira (Rito) de Atendimento público, deveria ter antes do ritual, aulas de matemática, de história, geografia, biologia, botânica, etc. Todos devem estudar o tempo todo. Todos precisam aprender a lidar com aparelhos sejam eles científicos, tecnológicos. Quando a penicilina foi descoberta, favoreceu a milhares de pessoas que a medicina salvou da morte. Antigamente o homem chegava aos trinta, quarenta anos e hoje ele está chegando aos 100 anos de idade. Nós estamos indo para um momento da humanidade em que a média de idade é de 100, de 120 anos. Está se prolongando. Isso é a UMBANDA ÉTICA que tem compromissos com o homem. É a Umbanda que vem vindo e não a podemos negar. Não podemos esperar que uma Entidade faça mágicas e tire coelhos de cartolas. A NATUREZA É A GRANDE MÁGICA. Se a pessoa está com um cancro, deve procurar entender o porquê de ter ficado doente. Onde é que aconteceu a sua falha e não deixar só a falha falar. Isso não! Deve saber em que momento dela se tornou em cancro. Ninguém está com o cancro. Ela se torna em cancro. Ou vai ficar á espera que todos fiquem á sua volta dizendo: Ai, coitadinho dele! Por quê? É um movimento, meu, seu ou do outro? É um novo momento o que está chegando, e o médico tem que fazer o paciente entender isso. A origem das coisas pode estar em nós mesmos. Não se podem colocar diferenças entre as pessoas na sua maneira de proceder, e que pode estar acontecendo um grande momento de espiritualidade e não o conseguimos ver.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Umbanda Astrológica, buscando a origem...


Na Umbanda Astrológica, um pouco mais além do que declarado na Umbanda Esoterica a existência do Orisa Orunmila Ifa na Umbanda Esotérica por compreender que sob a denominação de "Yorimá", o qual, neste credo, é "patrono" da Falange dos "Pretos-velhos", primeiramente existia a figura do Orisa Obaluaiye, o Senhor da Terra da Vida, e, acima dele, a do Orisa Orunmila Ifa, o Senhor dos Destinos Humanos. Da mesma forma, a denominação "Yori" atribuída à Falange das "Crianças" da Umbanda e cujos "patronos" são São Cosme e São Damião, havia eclipsado os Gêmeos Sagrados Ibeji, chamados Taiwo e Kehinde! Também os Ere e os Tobossi africanos haviam sido sincretizados no terceiro gêmeo africano - Idowu - aquele que, na Umbanda, é conhecido por "Doum"! E denominações Tupan, Zambi, Olorun e Jeovah são nomes diferentes nos quais diferentes raças expressam o mesmo conceito de Deus Único, Onipotente e Onipresente! E quer os chamemos por Guaracy, Yacy e Rudá - Xangô, Yemanjá e Yori - São Gerônimo, N.S. da Conceição e São Cosme e São Damião, todos são Seres Espirituais de Origem Divina para os que assim os chamam e que todos eles, incluídos os demais restantes, eu posso agrupar sob a denominação genérica e atual de Orixás Ancestrais, sem com isso estar ofendendo, por diminuir ou engrandecer, nenhuma corrente religiosa. O ponto de semelhança entre eles é inquestionável em sua grandeza: Deus! 
Deus: Único, Absoluto, Onipresente e Onisciente seja qual for o Nome que a Humanidade Lhe atribua através dos Tempos e Lugares. Tenho como minha verdade que Ele reflete sua Infinita Bondade pelo Universo de sua Criação, através de Seres Espirituais de Origem Divina a quem denomino de Orixás Ancestrais. Compreendo o Mana, a Benção, a Mandinda e o Axé (Força Espiritual) dos Orixás Ancestrais como energia vivente, atuante e onipresente em nome de Deus por todo o Universo. Os Odu, viventes e atuais, devem ser aplicados e interpretados em relação a energia de um ser humano que vive no tempo presente e em relação à forma cultural a que ele pertence. O mesmo se aplica a seus rituais e orações.
O Orisa Orunmila Ifa nos concede, ao buscá-lo, quando nossa Ori Orun ("cabeça-no-além") se "ajoelha" perante o Todo Poderoso e Misericordioso Olorun deve ser para pedir-Lhe que conceda a honra de poder tornar-se um Ancestral iluminado para o Futuro, com uma nova maneira de sentir, pensar, traduzir e expressar a Sabedoria dos Orixás Ancestrais, trazendo-a para a compreensão deste povo, neste tempo, neste dia e nesta hora. E, ao estender a todos os que aqui lêm a oportunidade de Auto Conhecimento, através deste "Espelho Mágico Virtual", cumprir o Destino nesta Terra-da-Vida. Que tu procures bem cumprir o teu, se ele for, como o meu, o de estar sempre aprendendo, uma vez que aquele que só sabe ensinar é porque nada aprendeu!
A CASA DE ORUNMILA-IFA: Ifá é um Sistema de Oráculo Sagrado originário da milenar cultura africana Iorubá e é parte integrante da religião naturalista que nos foi legada pelos descendentes dos povos africanos sudaneses, nigerianos e bantos escravizados no Brasil. Sendo que, com o passar de mais de um século de sua chegada, é que miscigenou-se com anteriores conhecimentos espirituais Bantos e Angolenses aqui já aclimatados a mais de dois séculos, esta simbiose vindo a constituir-se em um dos Três Pilares Místicos sobre os quais ergueu-se a Umbanda do Brasil, à ela legando, dentre outros, dois elementos principais: o conceito dos Orixás e o Jogo dos Búzios. Mas, foi só tardiamente, quando passadas as fases da escravização e colonizacão, que os estudiosos do esoterismo das religiões africanas reformuladas no Brasil deram-se conta de que, subjacente às graciosas e/ou confusas lendas dos escravos africanos, existiam uma Teogonia, uma Mística e uma Liturgia de grande alcance espiritual, cultural e social que haviam sustentado a fé dos descendentes daqueles povos, mesmo na tragédia da escravidão.

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